quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

MAIS IMPORTANTE QUE FAZER PERGUNTAS É SABER PERGUNTAR

Perguntas a serem evitadas são exatamente aquelas que não demandam resposta alguma, mais conhecidas como “perguntas de confirmação” que, na realidade, são afirmações com aparência de perguntas e que não aceitam nada mais que a concordância. A função delas é unicamente obter validação.

O problema das perguntas de confirmação é que, ou o falante acaba por demonstrar confiança excessiva em suas crenças, ou pretende intimidar o ouvinte a concordar com ele enquanto esconde sua insegurança em determinado assunto. Seja como for, a elaboração da “pergunta” revela sua indisposição em considerar qualquer ponto de vista externo.

É importante lembrar que qualquer pergunta que restrinja o receptor a dar uma resposta honesta é ofensiva, ao reduzir a qualidade da informação esperada e demonstrar total falta de interesse pela opinião do outro. Esse tipo de comunicação, quando utilizada em uma equipe de trabalho, perde seu potencial, pois é o caso típico de um gerente que acredita que seu papel é mandar. Toda filosofia de equipes criativas, que precisam trazer inovações às suas corporações, precisa respeitar seus colaboradores e induzi-los à reflexão por meio de perguntas refletivas.

Existem duas características básicas de boas perguntas: factuais e investigativas. O objetivo de uma pergunta factual é obter informação. Um exemplo simples seria: “O carro tem gasolina?”. Neste caso, mesmo que você não saiba a resposta logo de imediato, saberá como encontra-la. Este tipo de coleta de informações não exige respostas elaboradas e tem a importante tarefa de permitir nossa comunicação e troca de informações uns com os outros.

Por sua vez, uma pergunta investigativa não pode ser respondida com um simples “sim” ou “não”. É uma pergunta que exige mais do que uma resposta correta e não pode ser respondida por telefone e nem mesmo após uma rápida averiguada nos números estatísticos. Ela nos força a investigar e respeitar todas as possibilidades.

Este método, muito utilizado pelo filósofo Sócrates, o encoraja a pensar sobre porque você acredita ter a resposta correta. Dessa maneira, o filósofo levava seu ouvinte a uma compreensão mais profunda de suas próprias crenças e de como ele as justificava.

Suas perguntas têm feito um ouvinte ou leitor perceber algo diferente sobre seu produto, cliente ou organização? A pergunta provocou um exame mais aprofundado de como ele estava fazendo alguma coisa e por quê? A pergunta correta poderá ampliar sua área de investigação e conduzi-lo ao ponto chave, mas para isto você terá que olhar as coisas de maneira nova e diferente.

Uma pergunta realmente boa irá surpreendê-lo com a resposta. Exercite e pasme-se! 

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