Perguntas a
serem evitadas são exatamente aquelas que não demandam resposta alguma, mais
conhecidas como “perguntas de confirmação” que, na realidade, são afirmações
com aparência de perguntas e que não aceitam nada mais que a concordância. A
função delas é unicamente obter validação.
O problema
das perguntas de confirmação é que, ou o falante acaba por demonstrar confiança
excessiva em suas crenças, ou pretende intimidar o ouvinte a concordar com ele
enquanto esconde sua insegurança em determinado assunto. Seja como for, a
elaboração da “pergunta” revela sua indisposição em considerar qualquer ponto
de vista externo.
É importante
lembrar que qualquer pergunta que restrinja o receptor a dar uma resposta
honesta é ofensiva, ao reduzir a qualidade da informação esperada e demonstrar
total falta de interesse pela opinião do outro. Esse tipo de
comunicação, quando utilizada em uma equipe de trabalho, perde seu potencial,
pois é o caso típico de um gerente que acredita que seu papel é mandar. Toda
filosofia de equipes criativas, que precisam trazer inovações às suas
corporações, precisa respeitar seus colaboradores e induzi-los à reflexão por
meio de perguntas refletivas.
Existem duas
características básicas de boas perguntas: factuais e investigativas. O
objetivo de uma pergunta factual é obter informação. Um exemplo simples seria: “O
carro tem gasolina?”. Neste caso, mesmo que você não saiba a resposta logo de
imediato, saberá como encontra-la. Este tipo de coleta de informações não exige
respostas elaboradas e tem a importante tarefa de permitir nossa comunicação e
troca de informações uns com os outros.
Por sua vez,
uma pergunta investigativa não pode ser respondida com um simples “sim” ou “não”. É
uma pergunta que exige mais do que uma resposta correta e não pode ser
respondida por telefone e nem mesmo após uma rápida averiguada nos números
estatísticos. Ela nos força a investigar e respeitar todas as possibilidades.
Este método,
muito utilizado pelo filósofo Sócrates, o encoraja a pensar sobre porque você
acredita ter a resposta correta. Dessa maneira, o filósofo levava seu ouvinte a
uma compreensão mais profunda de suas próprias crenças e de como ele as
justificava.
Suas
perguntas têm feito um ouvinte ou leitor perceber algo diferente sobre seu
produto, cliente ou organização? A pergunta provocou um exame mais aprofundado
de como ele estava fazendo alguma coisa e por quê? A pergunta correta poderá
ampliar sua área de investigação e conduzi-lo ao ponto chave, mas para isto
você terá que olhar as coisas de maneira nova e diferente.
Uma pergunta
realmente boa irá surpreendê-lo com a resposta. Exercite e pasme-se!
Nenhum comentário:
Postar um comentário